Anonymous: Movemento cibernético ressurge nas lutas sociais
- Pugna!
- 1 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de jul. de 2020
A violência policial e o racismo andam acompanhados. Assim, infelizmente a morte de George Floyd não é surpresa, e para o movimento negro é um basta. Por cinco minutos, um policial branco sufocou George, já imobilizado no chão enquanto afirmava não conseguir respirar, e seus colegas de trabalho assistiram. Isso nos leva então ao sexto dia de protestos nos EUA, fortes o suficiente para que por um momento esqueçamos a pandemia vigente. O que negros devem fazer? Escolherem entre serem mortos por um policial ou por um vírus? Apesar do assassino ter sido preso nesta sexta (29), os cúmplices policiais foram apenas afastados.
É nesse contexto então que ressurge o Anonymous, grupo de hackers mais famoso do mundo. Seus ataques sempre têm objetivo específico, uma causa maior. Divididos ao redor do mundo inteiro, invadem sistemas de corporações que consideram corruptas a fim de destruí-las ou ao menos combatê-las e assim acabar com seus malefícios sociais. Ao aparecerem publicamente, utilizam a máscara do filme “V de vingança” para representar anarquia, já que o grupo não possui líder, apenas causas.
A atual ameaça do grupo foi feita contra o governo americano, com a promessa de divulgar informações sigilosas. Isso seria uma consequência dos Estados Unidos perpetuarem diariamente um sistema racista e elitista de opressão. Porém, suas ações ao longo dos anos têm sido variadas. Os seus ataques mais famosos e significativos do grupo foram: igreja da cientologia, OP ÍSIS e operation dark.
Sua primeira ação organizada foi em 2008, ao atacar os sites da igreja da cientologia, polêmica por várias razões. Tom Cruise havia dito que só a cientologia salvava, e sua fala foi filmada. No YouTube, o video viraliza e a igreja pede sua remoção ao declarar direitos autorais. Com isso, o vídeo é retirado, levando Anonymous a começar os ataques por interpretar como censura a ação do YouTube. Assim, o grupo fica mundialmente conhecido.
Já em 2015, após o ataque em Paris pelo Estado Islâmico, o Anonymous declara guerra ao ÍSIS. Ao deletar mais de 2000 contas em redes sociais, tirar do ar sites relacionados e comprometer bitcoins usadas pelo Estado Islâmico, o impacto da organização foi inegável.
Por fim, a operação dark net, uma das mais conhecidas. Determinados a combater a pedofilia na deep web, expuseram empresas as quais ofereciam plataformas que possibilitavam a existência desses os sites. Além disso, derrubaram centenas de sites e expuseram mais de 1500 nomes, contribuindo para investigações policiais.
Os ataques não ficaram por aí e muito mais ações existiram, essas são apenas algumas. Esperemos então para acompanhar o que acontecerá nos próximos dias.
- Por Celi Mitidieri
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