top of page
  • Black Facebook Icon
  • Black Instagram Icon

Taxonomia: uma história da natureza racionalizada

  • Foto do escritor: Pugna!
    Pugna!
  • 12 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

A taxonomia é a área das ciências naturais que lida com a classificação dos organismos vivos, individualmente ou em grupo, segundo uma metodologia específica, que pode variar dependendo da época, em prol de prover um auxílio às outras searas da ciência que estudarão mais a fundo esses seres vivos. É basicamente o que nos ajuda a compreender o mundo da forma como ele é.

O ato de classificar e separar em grupos, apesar de aparentemente racional, é muito comum na natureza, o ato de agrupar é feito por milhares de espécies, seja essa separação ou agrupamento em presa, perigo, comida ou até mesmo em fêmeas para reprodução, tudo isso é feito por animais ditos irracionais. Então se a taxonomia é basicamente classificação, por que seria ela uma ciência, posto que classificar não exige racionalidade. A taxonomia, classificação da natureza pelo homem, exige uma metodologia, é uma ação sistematizada e orientada pelos ditames racionais. 

A classificação biológica vem se desenvolvendo de forma sistematizada ao longo da história desde Aristóteles. Entretanto suas primeiras manifestações remontam a culturas primitivas espalhadas por todo o mundo, nas quais já se podia ver traços de uma rudimentar taxionomia, classificação. A necessidade de se ordenar a natureza percorre todas as manifestações culturais em todas as épocas, e não parece ser uma criação que sai da mente humana e atinge a natureza, mas sim, primariamente, o contrário, pois o ambiente se mostra à mente humana de um dado modo que permite esta compreensão. O filósofo grego, Aristóteles, observava, por exemplo, como os organismos se reproduziam e o ambiente onde eram encontrados. Em um de seus trabalhos, Aristóteles separou os animais em duas categorias, usando como critério a presença ou não de sangue no organismo.

O físico e botânico sueco Carl von Linné, considerado o pai da taxonomia moderna, desenvolveu o sistema de nomenclatura binomial, no qual os organismos são designados de acordo com gênero e espécie. Lineu reuniu os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino, classe, ordem, gênero e espécie – e propôs uma hierarquia de semelhança entre eles (depois essa tabela foi acrescida com o filo, por outros pesquisadores). Lineu propôs também o uso de palavras latinas para denominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem científica e evitando confusões geradas pela existência de nomes populares diferentes para a mesma espécie.

Ernst Haeckel, após isso, propôs a existência de três grupos de seres vivos: os animais, as plantas e os protistas. Em 1936, o norte-americano Herbert Faulkner Copeland incluiu um quarto grupo, o dos moneras, no qual estariam os organismos procariontes, antes incluídos em protistas. Contudo, foi Robert Whittaker o responsável pelo sistema de classificação em cinco reinos, que usamos hoje em dia inclusive. Nesse sistema os seres vivos estão classificados em Reino Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae. 


Por: Gabriel Tôrres

Referências Bibliográficas

 
 
 

Comments


bottom of page